“Para ‘revelar’ o mundo é preciso sentir-se implicado no que se enquadra através do visor. Essa atitude exige disciplina de espírito, sensibilidade e senso de geometria.
É através de uma grande economia de meios que chegamos à sensibilidade de expressão. Deve-se sempre fotografar com o maior respeito ao sujeito
e a si próprio. Fotografar é segurar o fôlego quando todas as
nossas faculdades se conjugam diante da realidade fugidia;
é quando a captura da imagem representa
uma grande alegria física e intelectual.”
Henri Cartier-Bresson
Henri Cartier- Bresson, “O Olho do Século”, completaria hoje dia 22 de agosto 108 anos . Uma das personalidades mais importantes da história da fotografia no século XX. Aficcionado pelas imagens: Fixou através de sua habilidade técnica e pela precisão em capturar o “instante decisivo”, imagens que povoam o imaginários de gerações de fotógrafos por todo o mundo.
Aos 22 anos, começou o amor de Bresson pela fotografia durante uma viagem a Marselha, em que foi “tocado” por uma fotografia do húngaro Martin Munkacsi, publicada na revista Photographies (1931), mostrando três rapazes negros correndo em direção ao mar, no Congo.
Foto: Martin Munkacsi
Para Bresson, a coreografia representaria a possibilidade de viver sem obstáculos, sem pecado, sem culpa. A imagem marcaria para sempre o seu modo de ser, de sentir e de viver. Nossa homenagem a esse gênio com algumas de suas imagens marcantes:
“A gente olha e pensa: Quando aperto? Agora? Agora? Agora?
Entende? A emoção vai subindo e, de repente, pronto.
É como um orgasmo, tem uma hora que explode.
Ou temos o instante certo, ou o perdemos…e não podemos recomeçar…”
Henri Cartier-Bresson
Gare St Lazare, Paris, 1932
(uma de suas fotos mais famosas)
“O que importa é o olhar. Mas as pessoas não olham,
a maioria não observa, apenas aperta o botão.”
Henri Cartier-Bresson
Casal em Paris, em 1968
“Fotografar é um meio de compreender,
que não pode se separar dos outros meios de expressão visual.
É uma forma de gritar, de se liberar e não de provar ou de afirmar sua própria originalidade.”
Henri Cartier-Bresson
Martine’s Legs, 1967
“Sensibilidade, intuição… senso de geometria. Nada mais”
Henri Cartier-Bresson
Hyeres, France, 1932
“É preciso esquecer-se, esquecer a máquina… estar vivo e olhar.
É o único meio de expressão do instante.
E para mim só o instante importa… e é por isto que adoro,
não diria a fotografia….mas a reportagem fotográfica,
ou seja, estar presente, participar, testemunhar…”
Henri Cartier-Bresson
Queen Charlotte’s Ball, London, 1959
“Fotografar é colocar, na mesma linha de mira, a cabeça, o olho e o coração”
Henri Cartier-Bresson
Mannhattan, New York, 1968