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MaxHaus leva 3D para agências

MaxChannel disponibiliza todos os empreendimentos em terceira dimensão.

MaxHaus traz o clima de cinema com óculos 3D na experiência de escolher um apartamento. A marca “invade” agências de publicidade para divulgar o MaxChannel, onde será possível conhecer todos os empreendimentos em 3D e o futuro Hauser poderá ter uma ideia das infinitas possibilidades que a arquitetura aberta Maxhaus oferece.

O MaxChannel terá peças on-line e impressas, além de banners especiais em seu site e nas mídias sociais. Serão cinco mil óculos personalizados, com o logo da marca, em estilo Ray Ban, 50 mil flyers, sacos de pipoca personalizados que chegarão às agências e também aos formadores de opinião, como blogueiros, jornalistas e arquitetos que farão parte da ação e serão convidados por meio de motes como: “Sem cair no clichê, isso aqui vai mudar sua visão de apê” ou para as peças on-line: “Você já vê a arquitetura de um jeito diferente. Agora que tal enxergar?”.

Assista aqui os vídeos no MaxChannel.
http://www.proxxima.com.br

Globo explica a blogueiros suas regras para mídias sociais

Emissora defende que seu conteúdo é resultado de trabalho coletivo e pertence à empresa, que “vive de propriedade intelectual”

Alexandre Zaghi Lemos

21/09/2009 – 12:47

 

As restrições ao uso de redes sociais impostas neste mês a seus funcionários por dois dos maiores grupos de mídia brasileiros, Globo e Folha, abriram um debate sobre os limites entre a liberdade de expressão individual e a preservação da propriedade intelectual do conteúdo produzido para os veículos de comunicação.

O comunicado interno da Globo veta a “divulgação” de “informações” e “comentários”, sem autorização prévia, sobre temas “direta ou indiretamente relacionados às atividades” da emissora, ao “mercado de mídia” e ao “ambiente regulatório”, assim como de qualquer outro conteúdo “obtido em razão do relacionamento” com a empresa. E vai além: “A hospedagem em portais ou outros sites, bem como a associação do nome, imagem ou voz dos contratados da Rede Globo a quaisquer veículos de comunicação que explorem as mídias sociais, ainda que o conteúdo disponibilizado seja pessoal, só poderá acontecer com prévia autorização formal da empresa”.

Diante da repercussão negativa entre parte de seus artistas e jornalistas – alguns chegaram a usar as próprias mídias sociais para reclamar do cerceamento – e, especialmente, entre blogueiros, o diretor da Central Globo de Comunicação, Luis Erlanger, enviou na semana passada uma carta a formadores de opinião da blogosfera, ou a “hubs importantes de dispersão de informações na rede”, como escreveu.

No texto, ele sustenta que a Globo acredita “na força e na capacidade de disseminação do mundo digital, em especial das redes sociais”, mas quer proteger o conteúdo produzido por ela; diz que as regras da emissora não são “um novo posicionamento restritivo”, e sim reforçam “normas que já se aplicam a qualquer mídia tradicional”; e esclarece que “ninguém está impedido de usar qualquer plataforma para seu uso pessoal” (leia a íntegra abaixo).

Em entrevista ao Meio & Mensagem, Erlanger frisa que “o conteúdo produzido pela Rede Globo é resultado de trabalho coletivo e pertence à empresa, que vive de propriedade intelectual”. Segundo ele, a presença dos contratados da emissora nas redes sociais não pode estar em desacordo com os princípios e a linha editorial da Globo. “Não somos uma empresa autoritária. Temos 18 mil funcionários e sabemos que haverá um aprendizado sobre o uso das mídias sociais e um reconhecimento de que nossas medidas são boas para o coletivo”, acredita.

Entre os exemplos de desvios citados por ele está o de um ator que teria feito fotos da gravação de uma novela postando-as em seu blog antes mesmo de a cena ser aprovada pela direção e sem a autorização de uso de imagem pelos demais artistas. “Muitos desses blogs e twitters já são comercializados”, acrescenta.

O diretor lembra que vários contratados da emissora também produzem conteúdo para veículos de grupos concorrentes, como jornais, revistas e sites. “Todos são livres, mas não podem se manter fora das plataformas da Globo usando conteúdo da Globo.”

Erlanger salienta que a preocupação atual da empresa é “ser didática”. Segundo ele, desde que as regras internas foram divulgadas, vários contratados já fizeram consultas à organização sobre o uso das mídias sociais. Entretanto, ressalta que não foi instituído um “comitê de controle”. “Não criamos uma Gestapo”, reforça.

Na Folha de S. Paulo, a normatização proíbe opiniões partidárias e a publicação de conteúdo exclusivo, restrito a assinantes do jornal ou do UOL. “Eventualmente, blogs podem fazer rápida menção para texto publicado no jornal, com remissão para a versão eletrônica da Folha”, diz o texto.

Comentando a decisão da empresa, o ombudsman Carlos Eduardo Lins da Silva tratou o tema como “um dos muitos dilemas éticos e profissionais que as novas tecnologias impõem” e deixou uma questão em aberto: “Como exercer controle sobre o que ele (o jornalista) diz sobre temas que não são os de que trata no jornal sem interferir na sua liberdade de expressão?”

Leia, a seguir, a íntegra da carta enviada a blogueiros pelo diretor da Central Globo de Comunicação, Luis Erlanger:

Você é testemunha do quanto a Rede Globo reconhece a importância dos veículos de Internet.  Nem poderia ser diferente, grande parte do conteúdo que circula nessas plataformas tem origem direta ou indiretamente no nosso universo.


E, por acreditar que essa relação é de longo prazo, resolvi falar diretamente com alguns de nossos parceiros mais próximos.
Você sabe qual o volume de trabalho e investimento necessários para se produzir um bom conteúdo. 
Um post no seu blog, um comentário no Twitter ou a produção de um vídeo para a web envolve muito esforço, dedicação, foco e momentos de reflexão, até mesmo na escolha das melhores palavras-chave que serão indexadas nos serviços de busca.


Agora imagine esse movimento em escala exponencial como acontece na Rede Globo. O trabalho individual de milhares de  profissionais – 18 mil pessoas espalhadas em cinco emissoras e 116 emissoras afiliadas – gera ao longo de um ano cerca de 2.500 horas de novelas e programas, além das mais de 1.800 horas de telejornalismo. E de maneira pioneira parte dessa produção está disponibilizada para qualquer pessoa na internet.


Nós acreditamos na força e na capacidade de disseminação do mundo digital, em especial das redes sociais. É dentro dessa lógica que procuramos dialogar com os 65 milhões de brasileiros usuários de internet. Reconhecemos em você um hub importante de dispersão das nossas informações dentro da rede.


A Globo estabeleceu nos últimos meses um canal de diálogo com os formadores de opinião desse novo universo. Dentro da Central Globo de Comunicação (CGCOM), há uma estrutura voltada apenas para o atendimento das demandas das novas mídias. A nossa equipe conversa diariamente com blogs, twitters, comunidades digitais para colocar à disposição quaisquer informações sobre nossos programas, novelas, séries e jornalismo.


Em dezembro do ano passado, a nossa autora Glória Perez reuniu 50 blogueirospara conversar como seria a construção do personagem Indra na novela Caminho das Índias. Ela assumiu o compromisso de levar a lógica dos blogs para a novela, e fez mais. Os blogs foram parte da produção, como o Pergunte ao Urso de Marcelo Vitorino. Outra participação especial foi de Guilherme Zaiden, a celebridade doConfissões de um Emo. Desde então, as nossas conversas ficaram freqüentes e bem interessantes. Você tem nos ajudado bastante nessa visão.


Para nossa satisfação, nosso trabalho com novas mídias está sendo reconhecido por instituições como o Festival de Publicidade de Cannes, o mais importante do planeta, e o Clube de Criação de São Paulo. No primeiro conquistamos a primeira edição do Leão de Relações Públicas pela estratégia de lançamento 2.0 da sérieMil Casmurros. E no segundo pela campanha viral de um vídeo de lançamento de Caminho das Índias com Juliana Paes e Marcio Garcia.


Por isso, de certa forma, fomos surpreendidos com algumas reações na internet sobre o anúncio da nossa política de uso pelos nossos funcionários das mídias sociais. Não se trata de um novo posicionamento restritivo, mas de reforçar normas que já se aplicam a qualquer mídia tradicional. Como você, queremos proteger nosso conteúdo. Há algo errado quando alguém copia um post de um blog que levou algumas horas sendo escrito e se apropria da informação. Essa não é a crença de liberdade que todos nós defendemos na internet.


E, quando resolvemos liberar nossas produções, queremos que seja por uma iniciativa institucional e coletiva nossa e não de acordo com uma decisão individual e isolada de um de nossos contratados. Nossa política segue uma tendência mundial, ao lado de marcas como BBC, IBM, Dell, Intel, New York Times e Folha de S. Paulo. Na verdade, deve ser a mesma visão que você deve ter em relação aos seus posts.


É importante ressaltar que ninguém está impedido na TV Globo de usar qualquer plataforma para seu uso pessoal. Atores, jornalistas e funcionários podem continuar, e até estimulamos, a experimentar a riqueza da dispersão das novas mídias. Repetindo, respeitamos tanto as mídias sociais que, quando disponibilizamos nossas produções, preferimos fazer isso diretamente, pelos canais adequados, dentro dos nossos princípios e valores.


Manter o diálogo por meio da internet com os nossos telespectadores é um movimento irreversível e a sua contribuição no sentido de melhorar esse canal continua sendo fundamental.

 


Abraços,

 


Luis Erlanger

Central Globo de Comunicação

 

 

Fonte: Meio & Mensagem

 

 

Dicas de Leitura:

 

 

http://memoriaglobo.globo.com/Memoriaglobo/0,27723,GYP0-5271-258992,00.html

http://www.observatoriodaimprensa.com.br/artigos.asp?cod=408JDB004

http://www.globo.com

http://www.meioemensagem.com.br